Se todo mundo parece meio incomodado com os palavrões berrados pelos técnicos nas partidas de futebol transmitidas pela Globo/SporTV, pra quê botar o maldito microfone ali então?
Ano após ano a coisa se repete, putaqueopariu, tomar no cu, porra, caralho são tão ouvidos nas transmissões de futebol quanto cruzamento, passe, chute, finalização. Narradores e comentaristas meio que desconversando, mudando de assunto pra falar por cima dos palavrões ouvidos com nitidez ao fundo. Depois dos jogos aqueles rituais puritanos, pessoas reclamando, mandando cartas pra TV. Se os palavrões não me incomodam, alguém berrando o jogo inteiro torra o saco. Somado aos berros do narrador então. Realmente não faz sentido um microfone ali na boca do técnico, comprometendo inclusive a única utilidade do nosso popular repórter de campo que poderia, entre as as inúmeras bobagens que costumam falar ao pedir (com insistência) a palavra, resumir o que está dizendo o técnico pros jogadores do time. Ao invés de tirar a porra do caralho do microfone dali, narradores perdem tempo pedindo "educação" aos técnicos - que, por sua vez, deveriam mandar os narradores tomar no cu pra poderem trabalhar em paz. Como não escuto técnico berrando nas transmissões de futebol fora do Brasil, imagino que esta, como o repórter de campo, seja uma contribuição só nossa para dar ao preguiçoso sentado na poltrona assistindo o jogo pela TV um pouco do "clima do estádio", por algum motivo que desconheço tão valorizado pelos narradores nas transmissões esportivas. Em breve a Globo vai providenciar filas pra entrar, sacos de mijo jogados na cabeça, balas de borracha e safanões da PM, tudo no conforto da sua sala. Tem coisa que é melhor deixar lá no estádio.
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