sábado, 17 de novembro de 2012

Outros motivos

Passei um bom tempo na internet observando o que acontecia lá nos EUA. Além da importância que (ainda) tem um presidente americano, teve toda guerra retórica, sempre divertida - meio chanchada, meio tragicomédia - entre republicanos e democratas. Os debates todos (lá tem debate, aqui, com essas regras chatas, não tem) e as gafes e mais gafes dos republicanos. Relembrando, teve um pré-candidato que disse (acho que o Rick Perry), enfático, que, eleito, fecharia imediatamente três grandes agências federais. Quais? Ele esqueceu. Pegou a mesma receita do médico da Vanusa. O Romney, já debatendo com o Obama, reclamando que as forças armadas já não têm tantos navios como noutros tempos, nos anos 40. O Obama olhou pro Romeny e falou: sim governador, temos menos navios, menos cavalos, menos baionetas, as guerras mudaram. Putz, acho que foi o melhor direto que vi desde que pararam de passar boxe na TV. E o Stewart, o Colbert e o Maher tavam lá pra se aproveitar das qualidades todas dos candidatos. O Stewart, tentando entender como um panaca como o Romney conseguiu ser o candidato republicano, mostrou um vídeo com os "melhores momentos" dos outros pré-candidatos republicanos, o Grinch, o Perry e o Santorum. Páreo duro, todos muito, mas muito imbecis. Concluiu o profético Stewart, o Obama é o cara mais sortudo do mundo. O Bill Maher tirou sarro dum dos fetiches das coberturas eleitorais, os indecisos. Tinha gente seguindo esse pessoal, reunindo os caras pra ver o debate, sempre passando o idéia de que eles ainda não tinham decidido porque pensavam mais, são mais profundos. Mahler disparou: tem um cara que tá aí na presidência por quatro anos, o outro é candidato há décadas, e, faltando menos de uma semana pra eleição, depois de tudo que já foi debatido, essas pessoas ainda precisam de mais argumentos pra decidir entre um e outro? E querem me dizer que esses são os eleitores mais inteligentes?

E, não fosse motivação o bastante, teve, nas coberturas ao vivo, essa moça.


Alicia Menendez.


Parece que já trabalhou na FOX News, e com o Bill O"Reilly! Agora moveu-se à esquerda. O que não é exatamente difícil pra quem saiu da FOX, basta não entrar prum grupo ariano de supremacia branca. Passou pela MSNBC e agora vi sua cobertura (ops) no Huffington Post.


Um dos efeitos colaterais dessa cobertura no Huffington foi ficar meio disperso - e sem precisar do remédio da Vanusa e do Perry. Qual era afinal o assunto do debate que acabei de ver? Me perdi. No primeiro debate com  Romney, o Obama deve ter ficado olhando pro monitor do Huffington Post. Ficou aéreo, desligado, só faltou cantar o hino nacional brasileiro.



Alias, quem eram os candidatos mesmo? Disputavam o quê? Nada de importante. Com a Alicia apresentando, qualquer assunto fica em segundo plano. Até meu inglês precário. Tão precário que tudo que entendi e coloquei acima pode ter sido bem diferente, provavelmente o oposto. Menos a Alicia.

PS - Post feito, não por acaso, num sábado. Influência óbvia do clássico Porque hoje é sábado, no Milton Ribeiro. Pena que a Alicia não seja tão desinibida. Pelo menos que eu tenha visto.




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