Achar que prendendo, matando, torturando, lotando cadeias, construindo novas cadeias, reduzindo a idade para punição penal, aumentando o tempo das penas, introduzindo (legalmente) a pena de morte que pra pobre sempre existiu, criando milícias, mantendo a PM, escondendo os crimes da Polícia Civil, incendiando favelas, criminalizando "maconheiro" e afins, perseguindo quem baixa música e filmes da internet, comprando armas, vendendo armas, berrando sempre palavras duras contra os "vagabundos" e, ao final, com isso, vai finalmente construir um país sem violência - quando o resultado é justamente o oposto (e todo mundo, no fundo sabe, enquanto alguns ganham muito com essa indústria da proteção ao "cidadão de bem", nas finanças e na política). Distopia pois teremos.
PS - Post inspirado na aparente indignação da Folha de SP, visível pelas chamadas de capa do UOL, questionando o pouco tempo de pena para o serial killer norueguês (21 anos) e, depois, destacando as condições do encarceramento numa prisão "de luxo". A Folha poderia ensinar aos noruegueses - com seus baixíssimos índices de criminalidade e prisões vazias - todo nosso expertise para resolver o problema da violência. Começando com uma imprensa incansável no trabalho de promover políticos e programas que aumentam a desigualdade social e criminalizam a pobreza.
PS 2 - As famílias das vítimas do serial killer não estavam indignadas com a pena ou as condições da prisão.
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